Já lá vão quarenta e dois anos! (Março de 1967).
Cheguei a Ourém. Terra para mim totalmente desconhecida e da qual as referências não eram as melhores.
Por aqui permaneci algum tempo sem rumo certo a tomar.
Entretanto tropecei em algo importante e tudo mudou. Aquilo que eram dúvidas passaram a certezas e acreditei de que era por aqui que queria ficar e ser o mesmo raiano mas também um pouco ribatejano.
Dediquei-me de alma e coração e foi fácil a minha
adaptação.
Sem esquecer as minhas origens, tornei-me oureense com muito orgulho.
Estas gentes são bem mais felizes nestas terras protegidas pela natureza, não só pela sua rica estrutura, mas também pelos benefícios que detêm. Terras férteis, tudo nela se produz com abundância. Além do bom clima, ainda são banhadas pelo Tejo, que com as suas cheias espalham os detritos humosos que as tornam ainda mais férteis. Tudo se cria e produz com abundância.
Por tudo isto se diz, que o coração de Portugal é o Ribatejo.
É com muito orgulho que estas gentes se exibem como ribatejanos. São alegres bem dispostas. A sua vida é bem mais fácil, que nas terras pobres e agrestes.
Cheguei a Ourém. Terra para mim totalmente desconhecida e da qual as referências não eram as melhores.
Por aqui permaneci algum tempo sem rumo certo a tomar.
Entretanto tropecei em algo importante e tudo mudou. Aquilo que eram dúvidas passaram a certezas e acreditei de que era por aqui que queria ficar e ser o mesmo raiano mas também um pouco ribatejano.
Dediquei-me de alma e coração e foi fácil a minha
adaptação.
Sem esquecer as minhas origens, tornei-me oureense com muito orgulho.
Estas gentes são bem mais felizes nestas terras protegidas pela natureza, não só pela sua rica estrutura, mas também pelos benefícios que detêm. Terras férteis, tudo nela se produz com abundância. Além do bom clima, ainda são banhadas pelo Tejo, que com as suas cheias espalham os detritos humosos que as tornam ainda mais férteis. Tudo se cria e produz com abundância.
Por tudo isto se diz, que o coração de Portugal é o Ribatejo.
É com muito orgulho que estas gentes se exibem como ribatejanos. São alegres bem dispostas. A sua vida é bem mais fácil, que nas terras pobres e agrestes.
E... como de louco tenho um pouco, cá vão estas dedicadas aos ribatejanos
Com o que escrevo não riam
É apenas para brincar
Porque os pintos também piam
E eu que sou Pinto quero piar
De poeta tenho pouco
De jeito menos ainda
Só me resta então ser louco
Para gastar alguma tinta
Se pouco tens de poeta
E de louco também não
Não sejas mais pateta
Para que escreves então?
Sou arraiano de gema
Ribatejano também talvez
Nasci com este lema
Sou um de cada vez
De orgulho tenho um pouco
De ribatejano bem forte
Ninguém me chame louco
Por ser feliz com minha sorte
Ó gente do Ribatejo
Que alegre que tu és
Por ser banhada pelo Tejo
E ter o fandango nos pés
Esta dança do fandango
Tem ritmo e é bem linda
Não se compara com tango
Nem com outra que venha ainda
À cinta enrola a fita
O barrete pendurado
Mexe os pés com muita pinta
Até parece tresloucado
É apenas para brincar
Porque os pintos também piam
E eu que sou Pinto quero piar
De poeta tenho pouco
De jeito menos ainda
Só me resta então ser louco
Para gastar alguma tinta
Se pouco tens de poeta
E de louco também não
Não sejas mais pateta
Para que escreves então?
Sou arraiano de gema
Ribatejano também talvez
Nasci com este lema
Sou um de cada vez
De orgulho tenho um pouco
De ribatejano bem forte
Ninguém me chame louco
Por ser feliz com minha sorte
Ó gente do Ribatejo
Que alegre que tu és
Por ser banhada pelo Tejo
E ter o fandango nos pés
Esta dança do fandango
Tem ritmo e é bem linda
Não se compara com tango
Nem com outra que venha ainda
À cinta enrola a fita
O barrete pendurado
Mexe os pés com muita pinta
Até parece tresloucado